quarta-feira, 18 de maio de 2011

Labirinto do Fauno - O Filme

Foto: O Homem Pálido (Gabriel Boya)

Fantasia e crueldade em Labirinto do Fauno

Espanha 1944, final da segunda guerra mundial e domínio do temido facista General Franco. Eis o nário para o filme “O Labirinto do Fauno” dirigido por Guilhermo Del Toro. Uma produção em parceria com México, Espanha e Estados Unidos (2006), estrelado por Ivana Baquero (Ofelia), Doug Jones (Fauno / Homem pálido), Ariadna Gil (Carmen), Maribel Verdú (Mercedes) e Sergi Lopez (capitão Vidal).

Numa primeira análise, tem-se a impressão que se trata de uma produção infanto- juvenil, mas, que a poucos minutos do início, já pode ser classificado como um filme de terror.

Trata-se da interessante experiência de uma jovem (Ofélia), cuja imaginação fértil está povoada por seres bizarros, mas que, nem de longe, assustam tanto quanto a realidade que a cerca.

No final da “era Franco”, a Espanha encontrava-se envolvida em guerrilhas, e, para combatê-la a ditadura criava destacamentos militares, colocando-os frente a frente com os rebeldes. Foi num desses acampamentos, sob o comando do despótico capitão Vidal que Ofélia (a jovem de 10 anos de idade) mudou-se com sua mãe, casada com o capitão, e, em adiantado estado de gravidez de risco.

Com o passar do tempo o capitão revela-se ainda mais sanguinário, torturando e matando rebeldes sem compaixão. Ocorre que o estado de saúde de sua mãe piora, na mesma proporção que aumenta a crueldade do capitão. Nesse meio-tempo, Ofélia é contatada por fadas que a guiam até um labirinto, e a colocam em contato com um fauno (muito feio).

O que se segue é a revelação da história da menina: uma princesa perdida que teria que passar por 3 provas, a fim de atingir sua imortalidade. Provas estas que não poderiam ser mais bizarras: enfrentar um sapo gigante e faminto, encarar o homem pálido, um ser horrendo cujos olhos se localizavam nas mãos e não na cabeça, e por fim, derramar o sangue de um inocente.

Uma cena marcante no decorrer da trama dá-se, por exemplo, quando o capitão costura sua própria boca (sem anestesia) depois do ataque de sua criada. São efeitos especiais interessantes que misturam ficção e realidade alucinadamente.

Sem dúvida, uma boa diversão para adultos. Preparem a pipoca e as bebidas e aproveitem a viagem pelo labirinto.

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